sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O ícone de Dostoiévski

O que é um ser dócil? Alguém dócil em sua vida, muitas pessoas assim, docéis...sei não, só sei que A Dócil, de Fiódor Dostoiévski, é sublime...triste, ácida, iconográfica e domesticável (até certo ponto!!!)Sim, um ícone, que custa caro e não cai bem...entre uma narrativa e uma memória, o autor russo literalmente arria uma lombra nessa novela fantástica...só lendo...valem a pena as horas dedicadas

"Ela mesma sabia que valiam quando muito dez copeques, mas pelo seu rosto eu via que para ela eram uma preciosidade - e de fato isso era tudo o que lhe tinha ficado do seu papácha e da sua mamácha..."



"O ícone da Virgem. A Virgem com o Menino, doméstico, familiar, antigo, adorno de prata banhado em ouro - digamos, vale uns seis rublos. Vejo que o ícone lhe é caro, está penhorando o ícone todo, não tira o adorno. Digo-lhe que seria melhor se ela tirasse o adorno e levasse o ícone; porque um ícone, afinal de contas, não fica bem."

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aliança Francesa retoma atividade cineclubista...

Então, boas noticias aos cineclubistas de plantão de João Pessoa! A Aliança Francesa está retornando com seu cineclube a partir desta sexta-feira (24). Eis o email que recebi de lá:

« CINE FORUM ALIANÇA »
A Aliança Francesa de João Pessoa, com o apoio da Embaixada da França e de sua cinemateca, propõe, a partir desta sexta-feira
(24), um novo espaço dedicado ao cinema e ao documentário.

O « Cine Forum Aliança » vai possibilitar, todos os meses, o aporte de um novo olhar sobre os grandes temas e problemáticas que agitam nosso mundo através da projeção de filmes de ficção e documentários francofônicos.

O « Cine Forum Aliança» propõe uma ação participativa e abrirá um espaço de diálogo com o objetivo de compartilhar as reflexões dos espectadores após a projeção.

O primeiro ciclo focalizará o fenômeno da globalização. A globalização está no âmago das preocupações dos dirigentes e dos seus concidadãos, na maior parte dos países. Ela também afeta cada um de nós, na sua vida quotidiana, obrigando-nos a mudar nossa percepção do futuro.

Como nos lembra Patrice Barrat em seu prefácio, o debate público desempenha um papel fundamental na definição e aceitação de políticas adaptadas à nova conjuntura internacional. Por esta razão, optamos por uma abordagem pedagógica, suscetível de enriquecer a reflexão conjunta sobre a globalização.

Globalização, violência ou diálogo?
Mondialisation, violence ou dialogue? (França, 2002).
De Patrice Barrat. Cores. Duração 52’.


Após os violentos eventos de Seattle e Gênova, por ocasião das cúpulas do G8, vêm o 11 de setembro e suas repercussões mundiais. A ideologia do Bem contra o Mal, a de uma guerra entre diferentes culturas e o confronto entre religiões também se enquadram no âmbito da globalização.

Uma reflexão sobre o início do nosso século se revela indispensável, pois embora, por enquanto, as oposições entre partidários e contestadores da globalização sejam apenas verbais, não deixa de ser verdade que as visões antagonistas entre “a sociedade civil” e “os poderes instituídos” são tão generalizadas que o nosso mundo pode vir a cair na armadilha de forças que o paralisarão.

Sexta feira 24 de outubro // 19h
Aliança Francesa // Av. Ger. Bento da Gama, 396
ENTRADA LIVRE // VAGAS LIMITADAS