foto: Guto Zafalan.
A paulistana Céu, de uma hora pra outra se tornou a mais nova musa da crítica especializada e da “música popular brasileira”. Sua voz rouca, com carinha de anjo e cabelos cacheados, conquistou o público da Paraíba – quando se apresentou no XII Festival Nacional de Artes (FENART), assim como já tinha conquistado a crítica americana, logo nas primeiras músicas.
Antenada com os caminhos da música brasileira e da world music e o que a influencia, a paulistana liquidifica ritmos regionais, samba, rap, jazz, reggae, hip hop, trip-hop e eletrônica.
Mas tanta gente faz misturas sonoras e há muito tempo. A tropicália que o diga. Aqui na Paraíba, por exemplo, podemos citar, entre tantos exemplos, o Pedro Osmar, Chico Correa ou Cabruêra. Nacionalmente, o que falar da mistura do Totonho, DJ Dolores, Marcelinho da Lua, Rita Ribeiro, Elza Soares e Mawaca? Os ingredientes podem até ser diferentes, mas hoje todo mundo mistura. Isso é fato e não é mais novidade alguma.
Então dizer que a música de Céu é uma música inovadora é um ledo engano. Claro que há muita gente com esperança de que a paulistana seja a nova “princesinha” da Música Brasileira, assim como o foi, na década de 90, Marisa Monte, como assinala o jornalista Sérgio Ripardo, editor de Ilustrada da Folha On Line.
O que há de diferente em uma jovem que a mídia obriga a ser a futura “diva” que surgiu de uma hora pra outra, com uma voz rouca e um repertório de extremo bom gosto? Quanto ao excelente repertório também não é novidade alguma, já que sua sonoridade é construída sobre a base da MPB.
“Cadê?! seu trono de Rainha? Dona da realeza”...É isso, a garota está virando um fenômeno, que figura muito bem nas páginas de jornais, já que sua beleza também é impressionante. Mas antes de entregar o trono de rainha da nova música brasileira a Céu, devemos lembrar que muito antes da paulistana, uma maranhense já impressionava o Brasil com sua Tecnomacumba ou muito antes disso, ainda com Pérolas ao Povo. E fomos mais atrás, a Elza Soares, já juntava muita coisa diferente antes mesmo da tropicália.
Então é válido dizer sim, que a Céu surpreende com sua música mais global que brasileira, e tem tudo para ser nossa Norah Jones, mas o trono de Rainha da música BRASILEIRA não deve ser oferecido a torto e a direito como vem fazendo a famosa e respeitável “crítica especializada”.
Que a Céu troque as fraldas, amadureça, crie e aprenda com nossas divas Rita Ribeiro e Elza Soares. Daqui há uns 10 anos, depois de um repertório sólido, depois de Marisa Monte e Maria Rita, voltamos a falar no assunto...
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2 comentários:
O/
cara, sobre seu post, eu acho que quem elege a 'rainha' ou é a crítica especializada (que aliás parece que o objetivo resume-se a julgar n a qualidadede tal música, mas se esta representa alguma tendência de 'modernidade') ou é o povão. n acho que céu tenha de trocar fraldas ou coisa do gênero no sentido de se tornar digna de um título que os entendidos dão à música que ela faz. música colcha de retalhos existe há tempos msm sendo produzida no brasil,mas vira produto exportação. se vira exportação, é visto como "bom". é por ae, rainha msm pra mim é África. concordo com vc,os críticos julgam de um modo precipitado.
Que a Céu troque as fraldas, amadureça, crie e aprenda com nossas divas Rita Ribeiro e Elza Soares. Daqui há uns 10 anos, depois de um repertório sólido, depois de Marisa Monte e Maria Rita, voltamos a falar no assunto...
mermão na moral, eu acho que comparações desse nível n são mt justas. eu achoa música de céu criativa e resultado de trab duro e muitas trocas de fraldas. amadurecimento pra superar divas pra se tornar tão boa quanto elas pra merecer um título dado por caras q só fazem dizer "isso é bom" "isso n é" qual é? música n precisa disso pra se fazer ouvir. rainha ou n, foda-se.
coonclusão: hah! me empolguei =P
n julgue os outros pelo q OS OUTROS dizem deles. eu teria mt prazer em conversAr com vc =)
sério
vlw, gostei do blog, massa
dragonfly_47_@hotmail.com
add ae
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