quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Enraizados - Com excelência fotográfica, a música acabou sendo desperdiçada
A noite foi de festa para toda a equipe do vídeo de curta-metragem Enraizados, dirigido por Niu Batista e lançado na quarta-feira (27) no belo Theatro Santa Roza. Um vídeo de fotógrafo. Isso não há dúvida. Apesar das consistentes interpretações dos poetas Marco di Aurélio e Chico Viola.
Em poucas palavras o vídeo nos apresentou Minervino e Salustiano. Interpretados por dois homens, artistas e poetas dedicados a personagens densos. E é neste ponto que o roteiro e a direção de Niu Batista precisa amadurecer mais. A idéia subjetiva e introspectiva da vida de dois homens isolados de quaisquer resquícios de urbanidade é fértil, mas não eficaz, principalmente quando ela se instala em solos sertanejos.
Dramaticidade e tragicidade estavam presentes. Isso também ficou claro. O que não ficou claro foi a presença dos dois homens. E a transformação que a tragédia provoca? Isso não existiu, mas existiu o sofrimento e o conflito de idéias a citar o diálogo entre os irmãos sobre a ordem da mãe falecida em que os filhos não deveriam, jamais, ultrapassar as montanhas. Um comenta apenas reforçando a ordem, o outro contesta, mas também não ultrapassa. Uma boa metáfora para a vida, mesmo não sendo bem resolvida.
Um elemento fílmico se tornou excessivo e desperdiçado pela excelência da fotografia de João Carlos Beltrão: a trilha sonora. Feita exclusivamente para o vídeo, as composições são bonitas, mas não se encaixam com a textura fotográfica, nem muito menos com a narrativa do vídeo.
Em cenas como as que anunciavam o final trágico de um dos personagens, a música acaba se transformando em ruído, interrompendo bruscamente a harmonia do espectador com o texto visual. A pulsão na direção de fotografia dispensa qualquer elemento a mais.
A trilha sonora, que deveria ser um elemento fílmico, acabou provocando uma polifonia que não agrada nem aos ouvidos nem aos olhos que se encantam com as cenas que poderiam ser mais belas se o som direto tivesse sido mais explorado.
Quanto ao tempo do filme, foi bem aproveitado, pois não torna o vídeo denso nem cansativo, mesmo com poucos diálogos. Mas tem um problema. Como não há muito esclarecimento sobre o texto fílmico, o espectador acaba ficando meio que perdido por não entender bem do que se trata Enraizados.
Sabemos que é um breve tempo no tempo daqueles dois irmãos. Sabemos que eles têm referencias familiares muito fortes, mas não sabemos porque eles nunca saíram dali. Será que foi só porque a mãe deles disse para não faze-lo? E Minervino, o contestador? Se ele contesta, porque não muda e enfrenta?
Parabéns a Niu Batista que amadureceu em seu trabalho de direção. Isso é perfeitamente comparável quando relembramos O Mundo Yan, seu penúltimo vídeo, também dedicado a dramas pessoais, ao retratar as variações, aflições e alegrias de um portador de necessidades especiais.
Ao contrário do Mundo de Yan, Niu escolheu em Enraizados um caminho mais intimista ao dispensar os diálogos e investir na fotografia. Suas escolhas são mais seguras, revelando sua sensibilidade para investigar e emoldurar os conflitos pessoais do ser humano.
Niu Batista mostrou-se decidido ao lado de Marco di Aurélio, em fazer sem nenhum tipo de incentivo público ou privado, esta produção que é livre de imposições comerciais. A liberdade de Enraizados está garantida pelo trabalho em equipe que foi feito.
Uso aqui uma frase de Bruno de Salles, diretor do premiado Cão Sedento, ao final da estréia de Enraizados: “o cinema paraibano está vivo e as pessoas precisam saber disso!”.
É isso mesmo! Tão vivo que nossas produções não param. As pessoas estão sempre se organizado para filmar ou grava algo novo, ou propor um novo olhar em torno do velho. Prova disso é sabermos que há um Marcos Villar fazendo um vídeo poema sobre a barreira do Cabo Branco, ou um Otto Cabral que pretende documentar em um matadouro de Patos um daqueles homens que são responsáveis por esquartejar o boi e que na sexta-feira santa não trabalha – passa o dia na igreja, ou ainda um Arthur Lins que pensa em fazer um faroeste aqui em João pessoa, ou um Tiago Penna e sua Água Barrenta...a lista é grande...
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Dyogenes Chaves -
Artista plástico, editor da Revista Pessoa, e coordenador de artes cênicas da Fundação Espaço Cultural da Paraíba
CALINA BISPO. Os artigos da Segunda Pessoa refletem o pensamento dos artistas visuais paraibanos?
DYOGENES CHAVES. Não sei com precisão. Mas, pelo menos, a revista é dedicada a uma parcela de artistas que se interessa por novas possibilidades na arte e pelo que esta sendo feito/discutido/pensado em todo lugar e qualquer do planeta hoje (mesmo estando nesta província, e isso são coisas da globalização).
CB. Há uma característica nesse pensamento?
DC. O pensamento/opçao/caminho dos bons artistas locais não é uma exceção (ele sempre estará atualizado com o mundo). E na revista há uma opção por este pensamento contemporâneo (velhos e sempre novos meios, como a arte postal; a arte publica cada vez mais atual; questões do direito autoral, que é um assunto tabu), seja local (a velha polemica do porteiro do inferno e a entrevista com a ceramista Rosilda Sá) ou universal (os aforismos sobre a critica de arte de Adolfo Montejo Navas, em espanhol mesmo).
CB. Qual o critério editorial da Segunda Pessoa?
DC. Primeiro, textos e artigos de produtores paraibanos, ou sobre assuntos da terra. Depois textos de ressonância nacional ou de interesse da arte atual... Afinal, esta Segunda Pessoa tem o fundamental apoio do Governo do Estado (Fic Augusto dos Anjos) e daí uma maior atenção a arte paraibana.
CB. Qual o caminho da Segunda Pessoa? Por onde será distribuída, a tiragem, haverá Terceira Pessoa?
DC. Logo logo vai estar na internet (para sua multiplicação). A tiragem impressa foi de dois mil exemplares e será distribuída, gratuita e preferencialmente, no Estado (artistas, universidades, bibliotecas, instituições culturais). Depois, para as principais instituições culturais do país. A terceira pessoa já esta sendo pautada e, provavelmente, será um número dedicado ao NAC ( Núcleo de Arte Contemporânea) nos seus 20 anos (a maioria das colaborações e depoimentos).
CB. A revista busca entender como operam as artes visuais na Paraíba, tanto no âmbito do projeto e do processo, como da obra e da arte? Fala um pouco sobre isso a partir da contribuição da revista para investigações semelhantes...
DC. O veiculo impresso em nossa área - artes visuais - é fundamental para solidificar um espaço de discussão da obra de arte, do sistema da arte, em todos os níveis. Diferente de uma produção cientifica impressa, que é sempre voltada para os próprios cientistas, uma revista de artes visuais tb quer chegar aos estudantes e jovens artistas, e ao publico em geral. Afinal, somos carentes de textos elucidativos sobre esse mundo - artes plásticas - que é, muitas vezes e erroneamente, tratado como elitista intransponivel e complexo.
CB. Como as artes visuais paraibanas estão se relacionando com o contexto geral de práticas e de idéias em que se constituem as artes visuais brasileiras?
DC. Às vezes, parece que o melhor caminho é o aeroporto. Porque aqui deveria haver mais estimulo ao artista. E sem esse apoio (que sempre deve ser iniciado pelos governos), falta mercado, colecionadores, galerias e museus. E nisso se resume o sonho de consumo dos artistas plásticos, sejam de qualquer lugar. Os artistas (daqui e d'alhures) sempre estão atualizados com o mundo. E mesmo faltando de tudo, temos a convicção de que devemos continuar a produzir, gritar, denunciar... É como uma obstinação. E se há sinceridade e convicção do artista, a produção é boa. Nesse contexto, temos grandes artistas e que serão grandes em qualquer grande cidade, independente de governos.
CB. Segunda pessoa confronta os cânones estéticos com as novas possiblidade advinda da tecnologia?
DC. Na verdade, a Revista esta antenada com a boa arte, seja uma produção tradicionalista ou de alta tecnologia. Afinal, pouco interessa o meio que o artista usou... Interessa seu engajamento com a discussão do sistema da arte (produção, mercado, distribuição, fomento, reflexão, formação, educação...) e, aproveitar a tecnologia dos dias de hoje é saudável já que isto esta a sua disposição mesmo.
Artista plástico, editor da Revista Pessoa, e coordenador de artes cênicas da Fundação Espaço Cultural da Paraíba
CALINA BISPO. Os artigos da Segunda Pessoa refletem o pensamento dos artistas visuais paraibanos?
DYOGENES CHAVES. Não sei com precisão. Mas, pelo menos, a revista é dedicada a uma parcela de artistas que se interessa por novas possibilidades na arte e pelo que esta sendo feito/discutido/pensado em todo lugar e qualquer do planeta hoje (mesmo estando nesta província, e isso são coisas da globalização).
CB. Há uma característica nesse pensamento?
DC. O pensamento/opçao/caminho dos bons artistas locais não é uma exceção (ele sempre estará atualizado com o mundo). E na revista há uma opção por este pensamento contemporâneo (velhos e sempre novos meios, como a arte postal; a arte publica cada vez mais atual; questões do direito autoral, que é um assunto tabu), seja local (a velha polemica do porteiro do inferno e a entrevista com a ceramista Rosilda Sá) ou universal (os aforismos sobre a critica de arte de Adolfo Montejo Navas, em espanhol mesmo).
CB. Qual o critério editorial da Segunda Pessoa?
DC. Primeiro, textos e artigos de produtores paraibanos, ou sobre assuntos da terra. Depois textos de ressonância nacional ou de interesse da arte atual... Afinal, esta Segunda Pessoa tem o fundamental apoio do Governo do Estado (Fic Augusto dos Anjos) e daí uma maior atenção a arte paraibana.
CB. Qual o caminho da Segunda Pessoa? Por onde será distribuída, a tiragem, haverá Terceira Pessoa?
DC. Logo logo vai estar na internet (para sua multiplicação). A tiragem impressa foi de dois mil exemplares e será distribuída, gratuita e preferencialmente, no Estado (artistas, universidades, bibliotecas, instituições culturais). Depois, para as principais instituições culturais do país. A terceira pessoa já esta sendo pautada e, provavelmente, será um número dedicado ao NAC ( Núcleo de Arte Contemporânea) nos seus 20 anos (a maioria das colaborações e depoimentos).
CB. A revista busca entender como operam as artes visuais na Paraíba, tanto no âmbito do projeto e do processo, como da obra e da arte? Fala um pouco sobre isso a partir da contribuição da revista para investigações semelhantes...
DC. O veiculo impresso em nossa área - artes visuais - é fundamental para solidificar um espaço de discussão da obra de arte, do sistema da arte, em todos os níveis. Diferente de uma produção cientifica impressa, que é sempre voltada para os próprios cientistas, uma revista de artes visuais tb quer chegar aos estudantes e jovens artistas, e ao publico em geral. Afinal, somos carentes de textos elucidativos sobre esse mundo - artes plásticas - que é, muitas vezes e erroneamente, tratado como elitista intransponivel e complexo.
CB. Como as artes visuais paraibanas estão se relacionando com o contexto geral de práticas e de idéias em que se constituem as artes visuais brasileiras?
DC. Às vezes, parece que o melhor caminho é o aeroporto. Porque aqui deveria haver mais estimulo ao artista. E sem esse apoio (que sempre deve ser iniciado pelos governos), falta mercado, colecionadores, galerias e museus. E nisso se resume o sonho de consumo dos artistas plásticos, sejam de qualquer lugar. Os artistas (daqui e d'alhures) sempre estão atualizados com o mundo. E mesmo faltando de tudo, temos a convicção de que devemos continuar a produzir, gritar, denunciar... É como uma obstinação. E se há sinceridade e convicção do artista, a produção é boa. Nesse contexto, temos grandes artistas e que serão grandes em qualquer grande cidade, independente de governos.
CB. Segunda pessoa confronta os cânones estéticos com as novas possiblidade advinda da tecnologia?
DC. Na verdade, a Revista esta antenada com a boa arte, seja uma produção tradicionalista ou de alta tecnologia. Afinal, pouco interessa o meio que o artista usou... Interessa seu engajamento com a discussão do sistema da arte (produção, mercado, distribuição, fomento, reflexão, formação, educação...) e, aproveitar a tecnologia dos dias de hoje é saudável já que isto esta a sua disposição mesmo.
do micro curta-metragem para a macro Rede Globo...
Na última segunda-feira (18) estreou uma nova minissérie da Rede Globo. Queridos Amigos, dirigida por Denise Saraceni, mantêm a tradição da emissora em sempre lançar essa linha narrativa logo após o carnaval. Com dois atores paraibanos no elenco, nossa reportagem foi conversar com o diretor de cinema e vídeo, Tiago Penna e com a atriz e poeta Maria Eunice Boreal sobre a presença de atores locais na televisão e até que ponto isso é sinônimo de sucesso.
Hippies, Pop Art, Legião Urbana e Ditadura Militar serão os pontos altos da nova minissérie, que pode confirmar para os atores Luiz Carlos Vasconcelos e Mayana Neiva, uma ascensão junto ao casting da emissora. A porta da esperança parece ter sido aberta com os testes da micro-série A Pedra do Reino, lançada em junho de 2007, sob a direção de Luiz Fernando Carvalho a partir do livro homônimo de Ariano Suassuna.
Outro exemplo dessa ascensão para a mesma emissora nacional é o ator Beto Quirino, que chegou a fazer o teste de elenco para a produção em homenagem á Ariano Suassuna, mas acabou sendo convidado para atuar na minissérie Amazônia, lançada em janeiro de 2007, sob direção geral de Marcos Schechtman. Atualmente Quirino é o “mestre” dos sete anões que acompanham o Evilásio Caó, personagem de Lázaro Ramos em Duas Caras.
Para Tiago Penna, que dirigiu Beto Quirino e Mayana Neiva (Karina da primeira fase de Queridos Amigos) em 2003 no curta-metragem Progéria (http://br.youtube.com/watch?v=gY9XD27UJ34), essa chegada às telas da Rede Globo é apenas mais um veículo de atuação destes atores, que já passaram tanto pelo cinema quanto pelo teatro, assim como muitos outros da própria emissora.
“Embora muitos artistas almejem estar na televisão, e em especial na Rede Globo aqui no Brasil, eu enxergo essa busca como um reconhecimento "honoris causas" do seu próprio talento. Mas acredito que a televisão é apenas mais um veículo e não o principal. A maioria dos artistas da Globo também fazem teatro, e alguns também trabalham no cinema”, observa Tiago.
A poeta e atriz – que já atuou tanto no teatro quanto em produções audiovisuais – Maria Eunice Boreal, observa que em qualquer que seja o veículo onde o ator está atuando, ele não deve permitir que seu trabalho seja mecânico e sem provocar transformação alguma no indivíduo.
“Independente da forma de linguagem, direcionamento estético ou discussão moral que o artista se proponha a fazer, é de extrema necessidade que ele se reconheça naquilo que faz. No caso do ator, que é integrante de uma construção dramaturgica, é minimamente lúcido que a escolha do texto represente a necessidade ideológica de comunicação ou não comunicação adequada dentro do contexto histórico em que se vive”, ressalta a atriz.
O Estado de Pernambuco conheceu essa realidade antes da Paraíba com a “migração” da atriz Leona Cavalli – também em Duas Caras e tendo passado por Amazônia - para a mesma emissora. A atriz fez-se conhecida daqueles que acompanham o cinema independente brasileiro em 2003 com a estréia em festivais do filme Amarelo Manga, do polêmico Cláudio Assis.
O percurso de Cavalli (Contra Todos, Cafundó) pelo cinema nacional é tão extenso quanto o de Luiz Carlos Vasconcelos (Baile Perfumado, EU, Tu, Eles, Árido Movie), que será Ivan em Queridos Amigos. Antes do cinema, porém Vasconcelos criou uma das iniciativas mais enraizadas do terceiro setor paraibano, que é o Centro de Cultura Piollin. Como diretor de teatro, seu projeto mais consagrado ainda é o premiado espetáculo Vau da Sarapalha, que há mais de uma década é montada pelo mesmo grupo de atores, o que também garante recorde de público na maioria de suas encenações.
Hippies, Pop Art, Legião Urbana e Ditadura Militar serão os pontos altos da nova minissérie, que pode confirmar para os atores Luiz Carlos Vasconcelos e Mayana Neiva, uma ascensão junto ao casting da emissora. A porta da esperança parece ter sido aberta com os testes da micro-série A Pedra do Reino, lançada em junho de 2007, sob a direção de Luiz Fernando Carvalho a partir do livro homônimo de Ariano Suassuna.
Outro exemplo dessa ascensão para a mesma emissora nacional é o ator Beto Quirino, que chegou a fazer o teste de elenco para a produção em homenagem á Ariano Suassuna, mas acabou sendo convidado para atuar na minissérie Amazônia, lançada em janeiro de 2007, sob direção geral de Marcos Schechtman. Atualmente Quirino é o “mestre” dos sete anões que acompanham o Evilásio Caó, personagem de Lázaro Ramos em Duas Caras.
Para Tiago Penna, que dirigiu Beto Quirino e Mayana Neiva (Karina da primeira fase de Queridos Amigos) em 2003 no curta-metragem Progéria (http://br.youtube.com/watch?v=gY9XD27UJ34), essa chegada às telas da Rede Globo é apenas mais um veículo de atuação destes atores, que já passaram tanto pelo cinema quanto pelo teatro, assim como muitos outros da própria emissora.
“Embora muitos artistas almejem estar na televisão, e em especial na Rede Globo aqui no Brasil, eu enxergo essa busca como um reconhecimento "honoris causas" do seu próprio talento. Mas acredito que a televisão é apenas mais um veículo e não o principal. A maioria dos artistas da Globo também fazem teatro, e alguns também trabalham no cinema”, observa Tiago.
A poeta e atriz – que já atuou tanto no teatro quanto em produções audiovisuais – Maria Eunice Boreal, observa que em qualquer que seja o veículo onde o ator está atuando, ele não deve permitir que seu trabalho seja mecânico e sem provocar transformação alguma no indivíduo.
“Independente da forma de linguagem, direcionamento estético ou discussão moral que o artista se proponha a fazer, é de extrema necessidade que ele se reconheça naquilo que faz. No caso do ator, que é integrante de uma construção dramaturgica, é minimamente lúcido que a escolha do texto represente a necessidade ideológica de comunicação ou não comunicação adequada dentro do contexto histórico em que se vive”, ressalta a atriz.
O Estado de Pernambuco conheceu essa realidade antes da Paraíba com a “migração” da atriz Leona Cavalli – também em Duas Caras e tendo passado por Amazônia - para a mesma emissora. A atriz fez-se conhecida daqueles que acompanham o cinema independente brasileiro em 2003 com a estréia em festivais do filme Amarelo Manga, do polêmico Cláudio Assis.
O percurso de Cavalli (Contra Todos, Cafundó) pelo cinema nacional é tão extenso quanto o de Luiz Carlos Vasconcelos (Baile Perfumado, EU, Tu, Eles, Árido Movie), que será Ivan em Queridos Amigos. Antes do cinema, porém Vasconcelos criou uma das iniciativas mais enraizadas do terceiro setor paraibano, que é o Centro de Cultura Piollin. Como diretor de teatro, seu projeto mais consagrado ainda é o premiado espetáculo Vau da Sarapalha, que há mais de uma década é montada pelo mesmo grupo de atores, o que também garante recorde de público na maioria de suas encenações.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
As Linhs Afetivas da Pele, por Sandoval Fagundes
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