sexta-feira, 13 de junho de 2008
Casarão 34 tá bombando e arrasa na programação do Dia dos Namorados
Uma programação de provocar o paladar. Pois é, o Casarão 34 tá bombando com seu Cineclube, que tem à frente Ana Barbára. A moça tá arransado em apresentar um repertório cinematográfico que nos dispensa dos contratempos das salas de cinema locais, e ainda nos insere seleto número de pessoas que assistem aquilo que não nos é próximo.
Nesta quinta-feira, foi lindo...até decoração e algo mais para uma programação, que nada tinha de clichê...a video dança, Kiss me, é entre tantos vermelhos, beijo pra cima e algo mais meu bem. Aguça os instintos, nos aproxima desse suporte tecnológico que a dança vem investindo. Na simplicidade da camera parada, a ausência de planos variados e presença dos beijos resolvem tudo, além de ser totalmente contemporaneo...nada de papai e mamãe para o Dia dos Namorados, é Kiss me...
E Kar Wai, nossa, já era fã apenas por assitir Amor à Flor da Pele, um dos filmes mais belos que já vi. E foi com estas referências que fui ver Amores Expressos, terceiro filme dele...então,levei um susto danado e maravilhoso, pois Kar Wai, nestes dois títulos que conheço seu), não é muito à lá, formúlas de sucesso. Amores Expressos, que´é bem anterior à Amor à Flor da Pele, mostra um diretor subversivo, com personagens sigulares e solitárias (acho que é esta a caracteristica que aproxima Amores Expressos de Amor à Flor da Pele).
Todas elas estão à procura de algo qualitativo e quantitativo, mas seus encontros são esbarrados pela camera, pelos planos, pela ironia e pela trilha sonora, que em Amores Expressos diverte, surpreende e depois se repete até cansar a gente...
Mas isso não é para analisar filmes, apenas para dizer que João Pessoa está bombando em relação ao circuito cineclubista...na terça-feira, tem o cineclube José Dumont, no Cefet, que entre longas e curtas, o foco principal são filmes mais comerciais, mas importantes...
Na quarta-feira tem o Tintin, que investe (ainda bem), em curtas-metragens nacionais, e atuais. Nos mostra que o cinema está sendo feito pelo Brasil afora, e que precisa ser visto e eles fazem esse papel. Agora que eles receberam as caixas da programadora brasil, novas opções surgem aos olhos dos que percorrem os cineclubes da cidade...
Mas é importante prestar atenção em uma coisa quando falamos de Tintin - ABD, e URBE - Ponto de Cultura. O Tintin é ótimo, provocou uma inquietação na cidade, ao ponto de fazer surgir outros cineclubes. Mas a ABD não pode ficar só nessa de sessão cineclubista não. Carlos Dowling e Cia, por favor, façam algo, porque tintin não deve ser A ação de "formação de público e difusão do audiovisual" da Associação Brasileira de Documentaristas -PB.
"formação de público e difusão do audiovisual" . Um termo tão de gaveta, que até vira clichê quando se resume à programção do Tintin..Sei lá, façam alguma coisa...o pontão de cultura vem aí, e com ele uma grana de pelo menos 360 mil reais...então, só Tintin não dá, né?!
mas voltando. na quinta-feira, tem o Cineclube do Casarão 34, que vem investindo na formação tanto de platéias quanto dos realizadores...preciso dizer mais alguma coisa?
Correndo por fora, ainda tem a programação do Omniographo, do Fabiano Lucena, com seus filmes banidos, o cinema extremo, subversivo...tá arrasando também, só precisa achar o dia certo para integrar todo esse circuito cineclubista..
E ainda temos o Sesc, que por falar em Sesc, vem aí uma mOstra em homangem à Fernando Teixeira. A mostra começa logo com Baixio das Bestas, de Claúdio Assis. Imperdível!!!
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Um comentário:
Querida Calina,
De antemão quero saudar tua iniciativa de constante e efetiva interlocução cultural, seja na nossa urbe Philipéia, seja na blogsfera e afins virtualidades.
Respondo a tua postagem que fala do circuito de cineclubes na cidade e a atuação da ABD-PB nessa órbita, na tentativa de deixar mais claras as linhas basilares de ação da Associação Brasileira de Documentaristas, em sua seção Paraíba.
Citando a tua postagem “Mas a ABD não pode ficar só nessa de sessão cineclubista não. (...) porque tintin não deve ser A ação de "formação de público e difusão do audiovisual" da Associação Brasileira de Documentaristas -PB.”
São três as linhas centrais de atuação audiovisual da ABD-PB, e a difusão é uma delas, juntamente com a Formação de Realizadores e o Auxílio à Produção Independente. Reforço assim que o TINTIN Cineclube é sim A principal atividade de difusão da Associação em João Pessoa, incluindo a formação contínua de público. Retruco a pergunta: que sugeres como ação complementar de difusão em sessões de projeção presencial?
A abertura de outro cineclube?
Não te parece que vivemos uma situação oposta na cidade, onde falta mais que um novo cineclube, mecanismos e veículos de articulação e comunicação efetiva entre as atividades cineclubistas já existentes?
Faço outra citação da tua postagem para encerrar a minha mensagem “... o pontão de cultura vem aí, (...), só Tintin não dá, né?!”
A ação central do Pontão de Cultura Rede Nordestina do Audiovisual – RNA é a articulação regional de políticas e ações do audiovisual, e me parece importante informar que no escopo imediato de suas ações não está incluído a ampliação das ações de cineclubismo em João Pessoa através da implementação de um novo ponto de difusão. O que me parece importante, e isso para além do Pontão RNA, é que a ABD-PB construa um informativo impresso e virtual dos cineclubes em atividade em João Pessoa, cozendo o diálogo e salutar interlocução entre as iniciativas cineclubistas locais. A hora é agora, mundo livre vamos nessa...
Beijo,
Carlos Dowling
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